Educación Física y Vida en la Naturaleza

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA: ANÁLISE DO DOCUMENTO CURRICULAR MUNICIPAL DE CURITIBA

  • Emerson Liomar Micaliski (Universidade Federal do Paraná)
  • Emilia Devantel Hercules (Universidade Federal do Paraná)
  • Caroline Schweigert Costa (Universidade Federal do Paraná)
  • Kaio Julio Zamboni (Universidade Federal do Paraná)
  • Cristiano Israel Caetano (Universidade Federal do Paraná)
  • Fernando Renato Cavichiolli (Universidade Federal do Paraná)
Resumen

Desde a implantação oficial da educação física escolar no currículo nacional brasileiro, inúmeras transformações ocorreram em relação aos seus objetivos, metodologias e propostas educacionais (Darido, 2012). Com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei Federal n. 9.394/1996 (Brasil, 1996), a Educação Física escolar torna-se oficialmente componente curricular, com conteúdos e práticas específicas relacionadas ao contexto, envolvendo diferentes manifestações da cultura corporal (Monteiro, 2011). Logo, em 1997, o documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) é proposto com diretrizes democráticas, humanizadoras e diversificadas formado por um conjunto de saberes a serem tratados em todas as áreas, incluindo a Educação Física que desenvolveu-se por meio dos eixos: jogos, esportes, danças, lutas e ginástica (Darido, 2012). Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi apresentada como um novo documento orientador para o estabelecimento de objetivos de aprendizagem aos estudantes brasileiros da educação básica incluindo uma nova temática de aprendizagem: as Práticas Corporais de Aventura (PCAs). Ressalta-se que a homologação da BNCC estabeleceu as PCAs como conteúdo curricular obrigatório de Educação Física em todo o país. Diante disso, essa pesquisa descritiva e exploratória, do tipo documental, tem como objetivo analisar a inserção das Práticas Corporais de Aventura no componente curricular da Educação Física das escolas públicas municipais de Curitiba. Após leitura dos documentos norteadores: Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e Documento Curricular Municipal de Curitiba (DCMC), os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo (Bardin, 2011), utilizando as seguintes categorias de análises dedutivas: 1) Ano letivo; 2) objeto de conhecimento; 3) habilidades/objetivos; e, 4) competências. Como resultados observou-se que existe divergências nas categorias 1 e 2, enquanto a BNCC estabelece que as PCAs sejam trabalhadas nos 6º e 7º anos com os objetos de conhecimento das práticas urbanas e, nos 8º e 9º anos com práticas na natureza, o Documento Curricular Municipal de Curitiba aponta a vivência das mesmas práticas (urbana e natureza) somente no 7º e no 9º ano letivo. Já as categorias 3 e 4 são estabelecidas de acordo com a proposta das Práticas Corporais de Aventura em ambos os documentos. Deve-se considerar que as Práticas Corporais de Aventura são um avanço em ambas as instâncias – federal e municipal – uma vez que, foram incluídas ao currículo apenas a partir de 2020. Aponta-se que apesar da diversificação nas propostas das práticas corporais o município de Curitiba não realizou a inclusão direta de todas as possibilidades em anos finais do Ensino Fundamental, isso ocorre pelo fato de que os municípios possuem a autonomia para a descrição de seus currículos utilizando a BNCC apenas como diretriz geral. Oportunamente, indica-se a necessidade de ampliação das Práticas Corporais de Aventura conforme é estabelecido na BNCC.

Palavras-chave: Educação Física. Escola. Práticas de Aventura. Natureza. Currículo.