O processo de inserção das mulheres no meio esportivo
- Weiss Siqueira, Carla Thaiane (Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desportos)
- Menezes Montezano, Laura (Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desportos)
- Vogt, Augusto Rafael (Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desportos)
- Rist dos Santos, Gabriélli (Universidade Federal de Santa Catarina)
- Carneiro Tura, Nicole (Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desportos)
- Costa da Costa, Leandra (Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desportos)
A luta feminina para ocupar espaços na sociedade começou a muito tempo, no meio esportivo mais precisamente nos Jogos Olímpicos a francesa Alice Milliat fundou a Federação Esportiva Feminina Internacional (FEFI) em 1917, qual tinha por objetivo a inclusão da mulher aos esportes e principalmente nas olímpiadas, mas somente no ano de 1936 elas foram inseridas como atletas olímpicas, dando conclusão ao objetivo em que a FEFI se propôs (OLIVEIRA, CHEREM E TUBINO 2008). Com o decorrer dos anos a inserção das mulheres nos Jogos Olímpicos vem acontecendo, mas mesmo após estes avanços, não foi o suficiente para equipará-las aos homens do domínio dos esportes, pois se compararmos ambos os sexos, é extremamente diferente o quanto os homens são vistos como “superiores” perante as mulheres seja no tratamento, prêmios e incentivo dado às mesmas. Dado o exposto, o presente trabalho visa evidenciar o processo de inserção das mulheres nos jogos olímpicos. Para tanto este estudo ancora-se a partir da abordagem qualitativa do tipo descritiva e bibliográfica. No que tange a coleta de dados, os mesmos foram selecionados a partir de periódicos da área da Educação Física que tematizam o assunto desta produção, a saber: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, Revista Brasileira de Ciência e Movimento; e a partir da Associação Portuguesa a Mulher e ao Desporto, encontrou-se um capítulo de livro que visou potencializar o aporte teórico. Ressalta-se que o material selecionado para este estudo não estabeleceu um recorte temporal, sendo coletado por conveniência. Diante a investigação, percebeu-se que os autores destacam a dificuldade de equipararmos os gêneros, pois os homens se engajam mais com os esportes, visto que, eles possuem um repertório motor maior, por correrem e brincarem na “rua” desde cedo, enquanto as mulheres brincam de casinha, de fazer comidas dentro de suas casas, sendo assim, as mulheres são vistas como frágeis, sensíveis, e os homens como fortes e corajosos, assegurando que estes são vistos sempre em superioridade perante as mulheres, pois apenas eles poderiam liderar ou comandar (OLIVEIRA, CHEREM E TUBINO 2008) e (GOELLNER, 2005). Historicamente a mulher ocupa o espaço de dona de casa e cuidadora dos seus filhos e marido, em contrapartida os homens apoderam-se de lugares sempre em oposição ou em sobreposição – em desfavor da mulher –, e não em complementaridade (GOMES, et al, 2000), afastando-as da sociedade como cidadãs, não ocupando espaços de poder e direitos, sendo alguns destes, o meio esportivo. Entretanto com o passar do tempo percebeu-se este desequilíbrio e a partir deste iniciou-se a luta feminina para ocupação de espaços na sociedade e meios esportivos, devido ao avanço dos debates enquanto mulheres que reivindicam pelos seus direitos. Dado o exposto, a inserção da mulher no meio esportivo vem acontecendo progressivamente, entretanto, se compararmos com os homens elas ainda são minorias como praticantes ativas. A conquista destes espaços se deu devido a luta das mesmas, os argumentos de “mulheres são frágeis”, não foram o suficiente para tirá-las da busca pela equidade na sociedade